Desidratado.

22.11.11


Nós somos muita metáfora
Para o meu querer
pulsante, engarrafado.
Não dói,
Apenas confunde ideias.
Transforma necessidade em
urgência.
Maltrata minha sede
de dilúvio.

A água e o magma.

16.11.11



Tua presença irrita. Meu olhar persegue o teu, ávido por uma recíproca. Te quero longe, fora do alcance. Ignora, menospreza, me finge inexistente e o sou. Sou e sei, não me minto. Narrador observador frustrado com um desejo visceral e pedante, completamente mundano, sujo.

A agonia é sombra, subverte pensamentos e incendeia os olhos inquietos. Metamorfoseia-me. É catastrófica, surge no âmago do ser e destrói como uma ressaca. Infeliz. Só que de tão interior que é, chega à superfície como um simples copo d'água e não abala em nada a postura indiferente. Inútil. Te olho nos olhos mais uma vez, com brasas disfarçadas. 

Você segue a conversa.